Bom, se você está aqui, provavelmente já passou pela fase de não saber muito bem o que fazer da vida, né? Eu sei bem como é. Fiquei um bom tempo sem estudar, meio perdido. Mas sempre fui apaixonado por tecnologia, quadrinhos, música, desenho… e, claro, capas de disco! Sempre curti a estética delas, os logos, tudo isso. E foi aí que comecei a prestar atenção em como o design aparecia na música.
Na minha primeira banda, decidi fazer o logo. Peguei uma folha de caderno rasgada, um lápis, uma régua e uma caneta Bic. Pronto, tava feito! E, na minha cabeça, ficou f@d@ (só que não). Era um logo bem simples, sem a menor ideia de teoria ou prática de design, mas, mesmo assim, aquilo acendeu uma chama em mim.
Comecei a me perguntar: “Como funciona isso? Dá pra ganhar dinheiro com design? Isso é uma profissão?”Quando descobri que sim, fui atrás pra entender o que era esse tal de DESIGN. Um mundo novo se abriu. Fui aprendendo aos poucos, de forma bem superficial. Fazia uns cartões de visita, logos, folders... Até que um dia me pediram um site. E eu pensei: "Site?! Não sei fazer isso!" Mas fui atrás de aprender. Internet naquela época era cara e não tinha tanta referência, mas eu fiquei fascinado. Foi paixão à primeira vista: "Isso é o futuro!"
Naquela época, eu não tinha grana pra investir em cursos caros, e vim de uma família que priorizava uma educação mais "tradicional" (ser advogado, faculdade pública, sabe como é). Mas aí meu pai, que era professor de uma escola técnica, veio com a solução: eu tinha direito a fazer cursos gratuitos por ser membro da família. Era a minha chance.
Eu não queria, confesso. Não estava a fim de nada. Mas rezei pra que tivesse algum curso de "fazer sites". E, pra minha sorte, tinha! Algo como "Webdesigner: HTML, PHP, MySQL e Design". Me matriculei, e meu pai, mesmo com o pé atrás, me incentivou, porque ele sempre acompanhou as tendências tecnológicas. Fiz o curso e achei que tava pronto. Agora eu sei fazer sites!
Passou um tempo e apareceu a primeira proposta de fazer um site: o irmão de um amigo. Recebi o briefing todo em um documento do Word, sentei no computador do meu pai e... travei! Só fiquei olhando pra tela. Juro, demorei uns três dias pra começar. Quando finalmente comecei, fiz o layout e, claro, ficou uma coisa horrorosa (marrom com fonte Tahoma – só o cliente gostou!). O design tava lá, agora era desenvolver. Fiz tudo em tabela, e foi uma luta pra deixar aquilo certo. Mas consegui! Entreguei meu primeiro site, e ali percebi que criar produtos digitais era a minha praia.
A partir daí, não parei mais. Comecei a estudar o que era tendência, fui atrás de cursos e entrei na graduação focada no mercado digital. Meu primeiro estágio foi em uma universidade, onde eu fazia de tudo um pouco: newsletters, banners animados em Flash, hotsites... Aprendi demais lá, e recebia um salário de R$ 300 em cheque (que ia depositar no banco todo mês). Trabalhava muito, às vezes até 22h ou 23h, mas foi ali que entendi o que era a rotina de verdade em um ambiente de tecnologia.
Depois, fui efetivado e acabei indo trabalhar em consultorias locais. Minha cidade era pequena, o que significava muito trabalho e pouco dinheiro. Mas, sinceramente? Foi nessa época que fui forjado no fogo. Aprendi tudo e mais um pouco. Fui passando por consultorias e agências de publicidade, até que decidi que queria voos maiores: fui pra São Paulo.Em SP, trabalhei em consultorias grandes e, além de ser designer e front-end, comecei a desenvolver design systems e a criar interfaces de aplicativos para marcas de peso. A experiência em São Paulo foi intensa e enriquecedora, mas depois de um tempo, resolvi tentar algo meu: o famoso sonho do empreendedor.
Em SP, trabalhei em consultorias grandes e, além de ser designer e front-end, comecei a desenvolver design systems e a criar interfaces de aplicativos para marcas de peso. A experiência em São Paulo foi intensa e enriquecedora, mas depois de um tempo, resolvi tentar algo meu: o famoso sonho do empreendedor.
Tive duas startups. Vou te falar, foi nessa fase que eu realmente aprendi o que é design de produto na prática. Fiz minhas primeiras pesquisas qualitativas, organizei testes A/B, testes guiados, e mergulhei no discovery. Eu liderava o time de design, e a cada dia parecia que eu estava equilibrando uma pilha de pratos.
O lance com startups é que a ideia pode ser incrível, mas se não tiver o $$$ pra escalar, fica difícil. E foi o que aconteceu: sem investimento, não conseguimos fazer o produto decolar. Foi frustrante? Claro. Mas o que eu aprendi nesse período não tem preço. Passei por coisas que nunca teria aprendido em qualquer outro ambiente.para marcas de peso. A experiência em São Paulo foi intensa e enriquecedora, mas depois de um tempo, resolvi tentar algo meu: o famoso sonho do empreendedor.
Depois desse baque, decidi dar um tempo. Fiz uns freelas, ganhei uma graninha pra me manter, até que senti vontade de voltar pro mercado formal. Voltei pra minha cidade, e fui trabalhando em agências e consultorias, sempre dando o meu máximo, mas recebendo pouco.
Eventualmente, retornei para São Paulo. Lá, continuei criando produtos digitais incríveis, passei por mais consultorias e hoje estou em uma startup de novo, enfrentando novos desafios e sempre aprendendo.
Então, depois de tudo isso, me considero um especialista? Sim! Passei por todo tipo de situação e problema, e acredito que sou mais do que especialista, sou alguém que aprendeu com cada erro, cada chefe ruim, cada projeto que não deu certo. E se tem uma coisa que eu aprendi nessa jornada, é que o importante é resolver problemas, aprender com eles, e nunca parar de evoluir.
Ainda estou esperando o reconhecimento total no mercado, mas sei que meu momento vai chegar. Enquanto isso, sigo fazendo o que eu amo, e aproveitando cada momento dessa jornada. O que eu posso te dizer é: aprenda com os obstáculos. Eles vão te preparar para ser o melhor, mesmo que o mundo lá fora ainda não tenha percebido isso.
Se você está começando ou já trabalha na área de UX/UI Design ou Product Design, provavelmente já se perguntou: "Como posso chegar ao nível de especialista?" A resposta não é simples, mas com dedicação, estudo e prática, você pode trilhar esse caminho e alcançar esse objetivo.
Neste artigo, vou explicar as fases de crescimento de um UX/UI Designer ou Product Designer – do Júnior ao Sênior, até chegar ao especialista. Vou detalhar as habilidades que você precisa desenvolver em cada fase e o que você vai fazer no dia a dia. Além disso, vou dar uma noção de quanto tempo cada etapa pode levar.
Vamos nessa?
Fase 1: Júnior – O Início da Jornada
Tempo estimado: 0 a 2 anos de experiência
O início da carreira como UX/UI ou Product Designer é focado no aprendizado. Aqui você vai se familiarizar com as ferramentas e conceitos essenciais para começar a trabalhar com design. No começo, tudo é novidade, e é normal se sentir um pouco perdido – todo mundo passa por isso!
O que você precisa saber:
- Ferramentas como Figma, Sketch ou Adobe XD.
- Princípios básicos de design: cores, tipografia, hierarquia visual.
- Criar wireframes e protótipos simples.
- Noções de pesquisa com usuários e testes de usabilidade.
- Trabalhar em equipe e estar aberto a feedbacks constantes.
No começo, você vai focar em aprender o máximo possível, observando, praticando e aprimorando suas habilidades a cada projeto.
Fase 2: Pleno – Consolidação e Crescimento
Tempo estimado: 2 a 4 anos de experiência
Quando você chega ao nível Pleno, suas habilidades estão mais consolidadas. Você já conhece bem as ferramentas, sabe criar soluções de design eficientes e consegue lidar com desafios mais complexos. Nesse ponto, você começa a ganhar mais independência no seu trabalho.
O que você precisa saber:
- Domínio técnico: Ferramentas de design e prototipagem de alta fidelidade.
- Criação de design systems: Manter a consistência do design em grandes projetos.
- Capacidade de resolver problemas mais complexos e criar fluxos de usuário mais elaborados.
- Fazer pesquisas com usuários e aplicar os insights no design.
O que você vai fazer no dia a dia:
- Trabalhar com fluxos de usuários mais complexos e prototipar interações detalhadas.
- Colaborar de perto com engenheiros e equipe de produto para garantir que o design funcione na prática.
- Orientar designers juniores, ajudando no crescimento deles.
- Realizar testes de usabilidade mais avançados e implementar mudanças baseadas nos resultados.
Nesse estágio, você já tem uma visão mais ampla do produto e começa a tomar decisões com mais confiança.
Fase 3: Sênior / Especialista – Liderança e Inovação
Tempo estimado: 4 a 6 anos após o nível pleno
O nível Sênior, ou Especialista, é onde você se torna uma referência dentro da empresa. Nesse ponto, além de ser excelente tecnicamente, você precisa ter habilidades de liderança e visão estratégica. Você começa a participar de decisões mais importantes sobre o futuro do produto.
O que você precisa saber: Liderança em design:
- Capacidade de liderar projetos e times.
- Conduzir pesquisas complexas e analisar dados para guiar as decisões de design.
- Definir a visão de produto e alinhar o design com os objetivos de negócio.
- Estar sempre atualizado com as últimas tendências de UX/UI e tecnologias emergentes.
O que você vai fazer no dia a dia:
- Supervisionar grandes projetos, garantindo que a visão do design esteja alinhada com a estratégia da empresa.
- Ser mentor de outros designers, ajudando no desenvolvimento da equipe.
- Participar de discussões estratégicas com stakeholders e outras áreas da empresa.
- Buscar inovações e propor novas soluções para os problemas de design.
Aqui, você é visto como uma peça-chave na criação de produtos que não só atendem as necessidades dos usuários, mas também ajudam a empresa a atingir seus objetivos.
Quanto Tempo Leva para Chegar ao Nível de Especialista?
O tempo para se tornar um especialista pode variar muito, mas em geral, leva cerca de 6 a 9 anos de experiência, desde o nível Júnior até o Sênior. Claro, isso depende de vários fatores, como o tipo de empresa em que você trabalha, a complexidade dos projetos que você participa, e, claro, sua dedicação ao aprendizado contínuo.
Se você quer seguir esse caminho, é sempre bom ter alguns recursos que podem te ajudar a entender melhor o que cada fase exige. Aqui estão alguns roadmaps que você pode conferir:
👉Como construir um Plano de Desenvolvimento (PDI) e conquistar a tão sonhada promoçãoA carreira de UX/UI Designer ou Product Designer é cheia de desafios, mas também de muitas oportunidades para crescer e inovar. Se você está no começo dessa jornada, lembre-se de que a chave para o sucesso é ter paciência, continuar aprendendo e, claro, praticar muito. O caminho para se tornar um especialista pode ser longo, mas cada etapa oferece novas lições e conquistas.
Então, preparado para começar?